Outubro Rosa: como a tecnologia pode ajudar no combate ao câncer de mama

A campanha Outubro Rosa nasceu no início da década de 1990 em Nova York (EUA).Daquele momento em diante, a ação tomou uma proporção mundial e, desde então, a data é anualmente celebrada durante todo o mês de outubro. A cada ano que passa, a campanha cresce com novas ideias e informações, e o controle de saúde, cuidados e prevenção contra o câncer de mama ganham novos avanços tecnológicos que auxiliam efetivamente na detecção precoce do câncer de mama e  na redução da mortalidade.


Você sabia que aquela árvore genealógica colorida, que fazíamos quando pequenos na escola, hoje pode ser uma forma de mapeamento genético para o monitoramento da doença? Acompanhe esta leitura.


Um corpo, uma história

Você, assim como eu e como outros seres vivos, partimos de algum lugar. Para a ciência biológica, nós, humanos, já fomos um espermatozóide que fecundou um óvulo da pessoa que nos gerou, e dali nos tornamos um feto, crescemos, em média, nove meses e,por fim, nascemos. 


Contudo, para que nos formemos durante a gestação, dependemos do compartilhamento genético dos nossos pais e isso transparece em vários sentidos, como na cor do cabelo, da pele, dos olhos e com a incidência ou não ter uma doença -em muitos casos- também depende da nossa genética. 


No caso do câncer de mama, assim como outros tumores, têm origem genética, porque durante a multiplicação celular, ocorreram alterações dos genes, porém, diferente de outros cânceres, essas alterações podem estar associadas a fatores hereditários de propensão, ou seja, muitas  vezes, quando alguém é diagnosticado com câncer de mama, a doença é hereditária, pois não precisou de mutações vindas do ambiente externo para ser atacado pela doença.


Meu passado não me condena

Hoje, quando sentimos alguma dor atípica no corpo, prontamente pesquisamos o que pode significar. Uma pesquisa, realizada pelo Estadão, revelou que 26% dos brasileiros procuram em plataformas como o Google e o YouTube assuntos relacionados à saúde. Apesar de vivermos uma era digital e, de certo modo, esses meios promoverem maior democratização do acesso à informação, ainda assim não é o suficiente para um diagnóstico.


De todo modo, as ascensões tecnológicas ao lado da medicina podem nos ajudar, de forma efetiva, no tratamento de doenças, e com o câncer de mama, felizmente não é diferente. Como vimos, o câncer de mama pode ser hereditário, então, em muitos casos, não somente os cuidados externos são suficientes para não ser acometido pela doença. Para isso, algumas clínicas em capitais do Brasil hoje podem nos oferecer um painel digital do câncer de mama, o qual é realizado por meio do sequenciamento dos genes hereditários e dos principais genes que causam a doença.


A nossa coordenadora de Gestão de Pessoas, Inês Taimara de Meira, está vivenciando uma experiência com este tipo de procedimento. Inês conta que decidiu se precaver, após viver um histórico na família.


Depois de um acompanhamento com ginecologista e mastologista, Inês descobriu o aparecimento e crescimento de nódulos em seu corpo, somado ao histórico familiar, a coordenadora foi encaminhada para uma geneticista.


“A geneticista faz uma árvore de toda a sua estrutura familiar, desde os avós, tanto maternos quanto paternos, pai, mãe, tios. Ela procura saber quais são as doenças que essas pessoas tiveram e ela usa uma calculadora para ter uma ideia da propabilidade”.


Depois do cálculo, Inês conta que a geneticista encaminha para fazer o mapeamento, contudo, o exame é realizado somente pela saúde privada, as clínicas são especializadas e é preciso que a coleta seja enviada para uma análise em uma instituição nos Estados Unidos.


No caso da Inês, o acompanhamento do exame pode ser aferido por um aplicativo da instituição que está vinculado à clínica encaminhada pelo médico. Após o resultado do exame,ela descobre a quantidade de genes prováveis para ser ou não atingida pela doença, este período do exame é somente uma probabilidade hereditária, depois essa etapa, Inês passou por um segundo cálculo, esse, considerou o resultado seu primeiro teste, histórico familiar e idade para que lhe ajude a tomar as devidas medidas para evitar o alastramento da doença.


A NGS e a falta de acessibilidade

No que tange ao território nacional, precisamos falar sobre a falta de acessibilidade deste tipo de procedimento de diagnóstico precoce para o câncer de mama e outras doenças.


A Next Generation Sequencing (NGS), o nome que recebe para o que estamos falando e é, sem dúvidas, um avanço tecnológico da medicina, pois, desde a segunda metade da década de 2000, esses procedimentos ajudam na análise do genoma humano, tendo hoje a maior clínica da América Latina, localizada em São Paulo, a Mendelics.


Todavia, o Brasil tem o pioneirismo na saúde pública com o Sistema Único de Saúde (SUS), que atende mais de 190 milhões de pessoas, sendo 80% delas totalmente dependentes da rede pública, de acordo com o artigo 196 da Constituição Federal. No atendimento ao câncer de mama, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) diz que, em 2021, 3.497.439 mamografias foram realizadas em mulheres e 7.281 em homens, para fins de diagnósticos.


Aqui na Digital, ficamos felizes em poder dizer que a ascensão tecnológica é a responsável pelo tratamento de diversas mulheres e pessoas com mama na luta contra o câncer, contudo, temos a responsabilidade de dizer que ainda precisamos avançar este meio de combate, para que todo o cidadão possa ter acesso a um procedimento de mapeamento genético, para a manutenção e controle da sua saúde.


Os avanços tecnológicos para além da medicina

A informação pode ser poderosa no auxílio do entendimento sobre o câncer de mama. Na campanha Outubro Rosa, podemos notar que diversos meios falam sobre o assunto e trazem informações, e aqui na Digital Business não é diferente.


Neste ambiente digital, precisamos cada vez mais nos comunicar com o público, seja em uma corporação, instituição, telenovelas, jornais, seja público interno seja externo, é preciso, de alguma forma, estar presente no diálogo, e, para este Outubro Rosa, os Digimakers, tiveram a oportunidade de bater um papo com a nossa parceira da Moodar, Marcela Domingues, sobre a atenção à saúde da mulher. O momento aconteceu em uma reunião via Google Meet, e a conversa proporcionou troca, reflexão e aprendizado sobre a temática.


A Digital acredita que a tecnologia move, e , para a luta contra o câncer de mama, estamos presentes e dispostos a estar em constante avanço seja no ambiente digital ou não.

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