Metaverso – o futuro das interações sociais

O conceito de metaverso não é uma novidade e já tem até uma certa história. Foi cunhado por Neal Stephenson que o citou em sua obra intitulada Snow Crash e Nevada, em 1992. Matthew Ball, autor do livro Metaverse Primer definiu o conceito como: “Uma rede persistente, de mundos e simulações renderizadas em tempo real e 3D que oferecem identidade contínua a objetos, história e direitos que podem ser experimentados de forma síncrona por um número ilimitado de usuários, cada um com sua presença individual.” 

Como funciona

Os espaços virtuais que constituem o metaverso reúnem a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada, associadas à internet, com aspectos das redes sociais, podendo implementar a utilização de conceitos dos games e das criptomoedas. Cada vez mais, a tecnologia transporta o usuário para o universo digital em experiências totalmente imersivas, interativas e com alto grau de realismo. A inteligência artificial e realidade virtual e aumentada já fazem parte de uma certa rotina na vida do usuário. No que se refere ao metaverso, ele chega com a promessa de ser a grande tendência para os próximos anos. É considerado como o espaço coletivo, compartilhado na web, associado a tecnologias que recriam a experiência física no ambiente digital, formando relacionamentos que são, ao mesmo tempo, on-line e off-line. A plataforma surge como uma estratégia omnichannel para interligar diferentes ferramentas e aprimorar a experiência do usuário. É a criação de um ecossistema com propriedades relacionais profundas e eficientes para pessoas que estão separadas geograficamente.

O metaverso não é o pioneiro

Quem não se lembra do Second Life? Ele surgiu como uma ferramenta promissora, que simulava a vida social dos seres humanos por meio da interação entre avatares. O fato de estar tecnologicamente muito à frente do seu tempo, condenou-a ao fracasso. Na época do seu lançamento, o YouTube era quase um mero desconhecido e a qualidade das conexões de internet deixava muito a desejar. Diferentemente desse período, no contexto atual, o metaverso pode se consolidar, uma vez que existem um ambiente mais propício para deslanchar e uma maturidade muito maior das tecnologias que podem aproveitar, realmente, todo o potencial disponibilizado por esse sistema.

Acessibilidade 

Até que ponto o metaverso será realmente acessível para a maioria das pessoas e como se dará a questão da privacidade? É sabido que sem um hardware robusto e uma conexão com a internet de peso, o sistema não funcionará devidamente e pode fracassar como o seu antecessor, o Second-life. Nesse sentido, pode demandar ainda um bom tempo até que a sua popularização e acessibilidade se tornem palpáveis e reais. Além disso, certamente algumas ferramentas, como o Óculos VR do Facebook, que será utilizado para o acesso a essa plataforma, permanecerão fora do alcance da maioria da população ainda por um bom tempo.

Privacidade

Atualmente, não raro, explodem escândalos. Como a criação de ambientes virtuais, povoados com avatares que podem ser extremamente realistas, poderão afetar a privacidade de quem transita pelos universos virtuais? Com a criação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), o assunto está em pauta ultimamente, visto que muitas informações apontam para a venda e a utilização de  dados dos usuários, para que as empresas possam se aproveitar do comportamento dos consumidores. Dessa maneira, será muito importante que o usuário tenha toda a precaução e o cuidado ao acessar os ambientes virtuais para não expor indevidamente as suas informações pessoais.


 O futuro

A proposta do metaverso é a de reunir todos multiversos como Facebook, Instagram e Twitter, de aplicações de comunicação, como o Discord, e de games, como Minecraft, Roblox, Animal Crossing e Fortnite em uma única plataforma, em que as pessoas socializarão e farão compras. Em outras palavras, o metaverso futuro consiste de um ambiente digital, no qual tudo o que se imagina, poderá existir. Contudo, não se pode esquecer de um ponto, talvez o principal, sobre todo o aprimoramento tecnológico  necessário, em termos de capacidade computacional e de infraestrutura de rede, para suportar o uso massivo dessa plataforma por empresas e usuários finais nos próximos anos.

Fontes pesquisadas:

Metaverso: tudo que você precisa saber sobre a tecnologia que integra os mundos real e virtual – Forbes

Entenda o que é o metaverso e por que as grandes empresas estão investindo nele – Mundo Conectado

Metaverso: entenda o impacto no seu Data Center (odatacolocation.com)

Mostrar comentáriosFechar comentários

Deixar um comentário

treze + sete =