Pessoas, processos e resultados: um novo modelo de gestão empresarial

Por Ricardo Abel – CEO Digital Business

Ultimamente estamos passando por diversas mudanças, e um dos questionamentos que surgiu é sobre o propósito de uma organização. Será que realmente sabemos o nosso propósito pessoal como empresários, e, por consequência, de nossas empresas?

A NOVA GERAÇÃO

Nos dias de hoje, com as novas gerações de jovens colaboradores, como os mileniuns, por exemplo, constatamos que não necessariamente é uma carreira de sucesso e duradoura o objetivo dessas pessoas, e sim se a empresa compartilha os mesmos valores, e se seu resultado impacta positivamente em sua comunidade e sociedade.

Isto é, a palavra “resultado” cada vez mais possui um significado que não é somente dinheiro, uma meta a ser atingida, mas sim impacto positivo em seus colaboradores, clientes, comunidade, como também um retorno financeiro para investimento contínuo e remuneração dos acionistas.

REORGANIZAR E HUMANIZAR O MODELO DE GESTÃO

As palavras “propósito” e “resultado” acabam se misturando, gerando um novo significado, mais complexo e com grande responsabilidade aos empresários e colaboradores. Pois se não pensarem nisso, em menos de uma década não terão os melhores ao seu lado. Entendo que se não humanizarmos o modelo de gestão aplicado nas organizações, não teremos grande sucesso em um futuro próximo.

Estamos inseridos em uma sociedade em constante transformação, onde mudar de local de trabalho é uma atividade rotineira, uma fase, e não um erro ou fracasso. Lembro de parentes que tiveram 2 ou 3 trabalhos em toda sua carreira profissional, e hoje já nos deparamos em processos de seleção com jovens de menos de 30 anos de idade e mais de 6 experiências de trabalho, e todas elas bem-sucedidas. O ponto aqui não é competência ou problema de relacionamento interpessoal, mas se eu me sinto bem em estar em uma empresa.

Essas mudanças normalmente são motivadas pela busca de novas experiências e de organizações com menos hierarquia, e que possibilitem seu reconhecimento e crescimento de forma mais ágil, através do mérito. Esses pontos estão obrigando as áreas de RH há reforçarem o processo de cultura da organização, e acaba sendo uma atividade estratégica, onde o dono do negócio é o maior responsável e com grande envolvimento com seus colaboradores e sócios.

COMO AGIR?

Programas contínuos de feedback com os colaboradores e processos mais humanizados fazem a diferença para termos um modelo de gestão mais próximo das pessoas, e com indicadores mais eficazes.

As organizações necessitam se atualizar na forma de lidar com as novas gerações e mercado. Tudo está mais rápido, mais dinâmico, mais diverso. Não pensar nessas variações se torna um grande risco ao negócio, visto que até os clientes estão, preferencialmente, selecionando empresas com esse novo modelo de pensamento e responsabilização.

Esse tema é polêmico e deve haver pauta da diretoria para essas discussões, pois haverá impactos na gestão dos colaboradores e clientes. Cada vez mais o empreendedor tem a responsabilidade de adequar sua organização e alinhar com o propósito de vida, agregando valor à sociedade e não somente uma relação de prestação de serviço/produto versus resultado financeiro.

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